Essa semana, como em todas as outras cheias de atividades
rotineiras, daquelas que eu chamo de “atividades piloto automático” em que você
entra no mercado pega o que precisa e sai, sem perceber nada. Tudo bem. Lá
estava eu, na fila com a minha família e fiquei reparando na moça do caixa,
aquela que passa suas compras. (nesse mercado, nós não precisamos colocar nada
no carrinho, a própria caixa faz isso para você ao passar seus produtos). Logo,
já fui eu fazer aquele exercício de empatia básico, me coloquei no lugar da
moça, em ficar ali 8 horas em pé, passando compras e compras até nos finais de
semana e feriados, e reparei que as pessoas que estavam comprando (tipo nós –
eu e minha família) mal falavam sequer um “boa noite!”. Sem aquela moça, eu não
conseguiria comprar meus produtos, sem os repositores eu não conseguiria nem
sequer pegar na prateleira. Eles são seres humanos, por isso, se a mulher
tivesse amassado meu chocolate eu entenderia, o chefe pressionando, a fila
imensa, o cansaço estampado no rosto.Eu acho lindo, profissões que possuem um imenso prestigio
social, como médicos, advogados, engenheiros, todos eles estudaram muito para
chegar onde estão hoje, mas a faxineira da sua empresa é tão importante quanto
a função que você exerce, sem ela você viveria numa imundice total e
provavelmente teria inúmeros problemas de saúde por isso. Assim como o lixeiro,
que se ele não corresse atrás do caminhão de lixo para retirar o lixo da sua
lixeira, você e sua família teriam muitas doenças. Ou então aquelas pessoas que
trabalham em restaurantes e shoppings nos finais de semana e feriados, sem elas
o seu divertimento não seria possível.
Por isso, que todas as vezes ao ir em um lugar, como esses
que citei, ao agradecer eu pergunto o nome de quem me atendeu e desejo um bom
dia, acredite você mudará o dia de alguém. Mesmo que você pague pelo serviço e
que aquilo não seja mais que obrigação e blá blá blá, mas entenda É UM SER
HUMANO QUE ESTÁ ALI. Tive uma época da minha vida que trabalhei em um cinema,
em uma região nobre ainda da cidade, como as pessoas eram mal educadas, como se
eu fosse um lixo por estar daquela posição naquele momento. Mas um belo dia, um
senhor, muito fofo, viu o meu nome no crachá
e quando terminei de atende-lo ele disse “thais, muito obrigada pela atenção
e recepção”, desde aquele dia, eu percebi que não precisamos de muito e comecei
a repetir esse ato tão bonito em todos os lugares que eu vou. Namastê, com
muito amor e carinho.
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