Certa vez, quando tinha meus 17
ou 18 anos, estava passando muito mal de dor de estômago, era a mesma época que
já contei para vocês no texto "E se.. ops.. Eu sou", na minha percepção eu estava vivendo uma
das épocas mais tempestuosas e conflituosas da minha vida, mas eu ainda não
sabia que encontraria diamantes pelo meu caminho. Pois bem, como estava
passando mal, fui ao pronto atendimento do hospital para tomar um remédio e
melhorar tamanho mal estar e desconforto. Eu realmente não me lembro do nome do
médico que me atendeu, porém nunca mais vou esquecer aquele rosto e aquelas
palavras. O médico era careca, alto e parecia ser sério, me perguntou o motivo
que me levava ao hospital, e eu respondi dizendo não aguentar mais sofrer com
tantas dores de estômago, mesmo controlando a minha alimentação e nada ainda
sim melhorar. O médico, então, pediu que
eu deitasse para me examinar. Eu fiz o que ele havia pedido, e então ele
apertou tanto meu estômago que realmente doeu mais do que já estava doendo, e
durante as apalpações dolorosas ele me perguntou “Thais, a onde você mora?” eu
então respondi “em São José dos Campos mesmo Dr.”, ai ele me beliscou e eu logo
gritei “ai”, e ele perguntou de novo “a onde você mora, Thaís?” eu respondi com
o nome do bairro, e ele foi e me beliscou novamente, e eu gritei “ai” de novo, e ele insistiu e perguntou “onde você mora, Thaís?” eu
respondi o nome da rua onde eu morava e ele novamente me beliscou e eu gritei “ai”
de novo, até que ele voltou a perguntar “Thaís,
a onde você mora?” e eu respondi “AQUI”, ai então ele sorriu e me disse “É ai que
você mora, é nesse corpo”.
(Como as emoções são sentidas no corpo)
Recordei-me dessa consulta esses
dias, quando alguém me disse que estava com dores de estômago, nunca pensei que
ouviria de um cientista que, geralmente carrega o arquétipo de cético e
descrente em tudo que o “AQUI” era importante. Na época eu sai do consultório do
médico com a concepção de que aquele “AQUI” da minha resposta era pra cuidar da
minha saúde física, mas o tal “AQUI” foi muito além da perspectiva física. O
que eu não compreendia na época é que viver o “AQUI e AGORA”, é viver o
presente sendo uma grande dádiva ao invés de viver uma vida repleta de
ansiedade e pensamentos destrutivos. A propósito, faz anos que eu não tenho
dores de estômago porque eu aprendi a viver o “AQUI e AGORA”. Namastê, com muito amor e carinho sempre!
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