Não me interessa o que faz para viver. Eu quero saber o que
de fato você busca e se você é capaz de ousar sonhar em encontrar as aspirações
do seu coração.
Não me interessa a sua idade. Eu quero saber se você será
capaz de se transformar num todo... Para poder amar, viver os seus sonhos e
aventurar-se de estar vivo.
Não me interessa qual o planeta que está em quadratura com a
sua Lua. Eu quero saber se você é capaz de se sentar com a dor.. A sua e a
minha. Se você é capaz de dançar loucamente e deixar que o êxtase lhe envolva
até a ponta dos dedos dos pés e das mãos... Sem querer nos aconselhar a sermos
mais cuidadosos, mais realistas ou nos lembrar das limitações do ser humano.
Não me interessa se a história que você está me contando é
verdadeira. Eu quero saber se você é capaz de desapontar o outro para ser
verdadeiro consigo mesmo. Se você é capaz de suportar a acusação de traição e
não trair a sua própria alma. Eu quero saber se você pode ser confiável e
verdadeiro. Eu quero saber se você pode ver a beleza mesmo quando o dia não
está belo e se você pode conectar a sua vida através da presença de Deus. Eu
quero saber se você é capaz de viver com os fracassos, os seus e os meus... E
mesmo assim se postar nas margens de um lago e gritar para o reflexo da Lua:
SIM!!
Não me interessa onde você mora ou quanto dinheiro você
ganha. Eu quero saber se você é capaz de acordar depois da noite de luto e do
desespero... Exausto e machucado até a alma... e fazer aquilo que precisa se
feito.
Não me interessa o que você é ou como você chegou aqui. Eu
quero saber se você irá postar-se no centro do fogo comigo e não fugir.
Não me interessa onde, ou o que, ou com quem você estudou.
Eu quero saber o que o sustenta interiormente, quando tudo o mais desabou. Eu
quero saber se você é capaz de ficar só consigo mesmo e se você realmente é boa
companhia para si... Mesmo nos momentos vazios.
Oriah, o Sonhador da Montanha – um ancião indígena.
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