domingo, 6 de dezembro de 2015

"AQUI e AGORA"

Certa vez, quando tinha meus 17 ou 18 anos, estava passando muito mal de dor de estômago, era a mesma época que já contei para vocês no texto "E se.. ops.. Eu sou", na minha percepção eu estava vivendo uma das épocas mais tempestuosas e conflituosas da minha vida, mas eu ainda não sabia que encontraria diamantes pelo meu caminho. Pois bem, como estava passando mal, fui ao pronto atendimento do hospital para tomar um remédio e melhorar tamanho mal estar e desconforto. Eu realmente não me lembro do nome do médico que me atendeu, porém nunca mais vou esquecer aquele rosto e aquelas palavras. O médico era careca, alto e parecia ser sério, me perguntou o motivo que me levava ao hospital, e eu respondi dizendo não aguentar mais sofrer com tantas dores de estômago, mesmo controlando a minha alimentação e nada ainda sim melhorar.  O médico, então, pediu que eu deitasse para me examinar. Eu fiz o que ele havia pedido, e então ele apertou tanto meu estômago que realmente doeu mais do que já estava doendo, e durante as apalpações dolorosas ele me perguntou “Thais, a onde você mora?” eu então respondi “em São José dos Campos mesmo Dr.”, ai ele me beliscou e eu logo gritei “ai”, e ele perguntou de novo “a onde você mora, Thaís?” eu respondi com o nome do bairro, e ele foi e me beliscou novamente, e eu gritei “ai” de novo, e ele insistiu e perguntou “onde você mora, Thaís?” eu respondi o nome da rua onde eu morava e ele novamente me beliscou e eu gritei “ai” de novo,  até que ele voltou a perguntar “Thaís, a onde você mora?” e eu respondi “AQUI”, ai então ele sorriu e me disse “É ai que você mora, é nesse corpo”. 

(Como as emoções são sentidas no corpo)


Recordei-me dessa consulta esses dias, quando alguém me disse que estava com dores de estômago, nunca pensei que ouviria de um cientista que, geralmente carrega o arquétipo de cético e descrente em tudo que o “AQUI” era importante. Na época eu sai do consultório do médico com a concepção de que aquele “AQUI” da minha resposta era pra cuidar da minha saúde física, mas o tal “AQUI” foi muito além da perspectiva física. O que eu não compreendia na época é que viver o “AQUI e AGORA”, é viver o presente sendo uma grande dádiva ao invés de viver uma vida repleta de ansiedade e pensamentos destrutivos. A propósito, faz anos que eu não tenho dores de estômago porque eu aprendi a viver o “AQUI e AGORA”.  Namastê, com muito amor e carinho sempre! 

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