domingo, 30 de novembro de 2014

Melodias + Letras = Músicas

Hoje o que venho compartilhar com vocês, me trouxe maravilhosas recordações, um gostinho de infância e confesso que um pouco de saudade. Eu cresci em meio a conversas muito cabeças, sobre o respeito que se deve ter com o outro, sobre o real valor que as pessoas e a vida deve ter (não digo valor monetário, mas o valor importância afetivo), e consigo perceber hoje que todas essas conversas me trouxeram a esse exato momento, tanto das amizades que eu tenho, da profissão que eu estudo, da Thaís Caroline quanto pessoa, todas elas influenciaram a minha formação. Essa educação que meus pais me deram, de entender que tudo o que eu quero nem sempre vem da forma que eu espero, ou na exata hora em que desejei.  Não somente eu, mas os meus dois irmãos, tivemos essa educação e eles mas do que qualquer outra pessoa no mundo sabem que, o que eu digo é verdade, possuímos em comum os mesmos pais.

Nessa semana, eu observei os sinais que a vida me mandou, e assim consegui refletir e relembrar alguns acontecimentos. 

Um deles, e a proposito é sobre ele que vim compartilhar hoje, é o fato do meu gosto musical ser completamente parecido com o do meu pai. E por consequência, influenciado também pelo excelente e magnifico gosto do meu avô. Eu estava ouvindo com meu pai, as musicas do Yanni, um musico grego que tem uma orquestra incrível, em março desse ano fomos ao show dele junto, o show somente consolidou todas as opiniões que eu tinha do Yanni, o quão incrível ele é.

 (Foto de Yanni)

Então, todas as vezes que eu ia almoçar na casa do meu avô nos domingos, ou passar uns dias nas férias ele colocava as melhores musicas dos anos 70 e 80 que ele conhecia e me contava a história de todas elas, ABBA, Rod Stewart, Alphaville, Shania Twain, Bom Jovi, U2, Kid Abelha, Cindy Lauper, Bee Gees, A-Há, Elton John, Demonios da garoa,  Madonna e aquelas inúmeras musicas românticas dos anos 80. Eu  acho todas elas maravilhosas, cresci escutando, não que hoje em dia eu não ouça musicas da minha geração, mas meu repertório musical é interessante, todas as musicas que a minha geração acha cafona, ridícula, eu amo de paixão. Eu senti uma extrema saudade, faz alguns anos que meu avô morreu, e me lembro perfeitamente da nossa ultima conversa que foi sobre musica. Nós estávamos ouvindo uma musica da Britney spears (meu avô também era moderninho), que a tradução dizia “não sou mais uma menina, mas sim uma mulher”, meu avô virou e disse que “continue sendo essa menina mulher, com um caráter que me faz ter orgulho de você filha, você vai longe” me abraçou e disse que me amava muito, depois daquele dia ele morreu. Hoje eu fico imensamente feliz, porque meu avô tem grande influencia sobre o ser humano que sou hoje.


Eu sou movida a musica. A musica é uma arte que vem de muitos e muitos anos, elas te deixam feliz e no minuto seguinte pode te deixar triste. Pode criar e ser todas as melodias com inúmeros recursos, com inúmeras letras, para expressar o que não se consegue.

São coisas sutis que estão em nós, que nos influencia, que muitas vezes são pequenos momentos que nunca mais você esquece. A musica tem esse poder sobre mim, eu adoro compartilhar com as pessoas os gostos que elas possuem. Quais as musicas que marcaram sua vida? O que elas te recordam? 

Único conselho da semana, ligue essas musicas em ultimo volume! E curtam!!! Namastê!

domingo, 23 de novembro de 2014

O amor me derreteu...

O amor me derreteu! Essa foi a minha máxima, como diz os filósofos, nessa semana. Não sei se é porque nesse final de semana, uma das duas melhores amigas que eu tenho nesse Universo, se casou, e eu fui madrinha, mas o amor se fez presente. Na sexta-feira, estou eu em casa, estudando para uma prova que teria na faculdade, quando ligo a televisão e estava passando uma matéria, com o tema “O que é o amor para você?” falava sobre o primeiro amor, de como os casais que estavam sendo entrevistados se conheceram, e toda a trajetória juntos, e aquelas coisas infinitamente fofas que pode se pensar ao assistir uma matéria dessas. E ao andar na rua, olhando para o chão, eu vejo objetos em formato de coração (ou era coisa da minha cabeça), mas comecei a perceber o amor em todos os lugares. Fui para a faculdade nesse mesmo dia, quando voltei, meu irmão, havia deixado meu quarto arrumadinho, somente para chegar e cair na cama. No dia seguinte, a manhã do casamento da minha melhor amiga, claro que eu não dormi direito, aquela ansiedadezinha rolou, minha mãe cuidando de mim, fazendo meu almoço, arrumando minhas unhas, me deixando no salão para terminar de me arrumar. A cabeleireira foi uma super fofa, cuidando de mim. E quando chego no casamento, presenciar toda aquela emoção de ver minha melhor amiga casando, com o amor adolescente que crescia a cada dia. E no domingo estar com a família reunida! E porque eu digo que em tudo o meu fim de semana tinha amor?


O amor, é uma energia, um sentimento tão grande e potencialmente criador, bonito, que em inúmeras vezes traduzir em palavras é impossível. Voltando daquela sexta-feira, ganhei carona de uma amiga, e no caminho o assunto foi esse, o amor não deve ser resumido apenas ao sentimentos que vemos entre casais, o amor está em todas as coisas. O amor é a intenção positiva por detrás de todo o carinho que recebemos, é afeto a razão pela qual o coração desconhece. Amor é quando, você ganha um abraço que te acolhe de uma pessoa especial, é um olhar que diz “eu estou aqui”, ou uma cama arrumadinha somente para dormir, um almoço posto a mesa, um cuidado da sua mãe com você, uma rosa que você ganha do seu amor ou um chocolate. Confesso que apesar de parecer a pessoa mais durona do mundo, o amor é a energia que me move, e no fundo, lá no fundo eu sou uma manteiga que se derrete, mas não demonstra. Então, quando comecei a colocar na frente dos meus pensamentos, dos meus sonhos o amor, tudo começou a ser criado como eu desejava, como eu imaginava, como eu sentia. Na semana passada, coloquei um texto como sendo a pior semana do ano, nessa semana tenho certeza que foi a melhor.


Afinal de contas, o que é amor para você?

O que você precisa fazer para viver o amor que tanto sonha? Seja o amor, com um companheiro(a), seja com sua família, com seu trabalho, com seus amigos e o principal de todos com a sua própria vida? O que você precisa? O que de fato te falta, para que tudo ai dentro faça, de fato, sentido? Namastê, com um único voto, de que você ame, ame, ame! Para viver o que você sempre sonhou. 

domingo, 16 de novembro de 2014

O que seria do bom sem o ruim?

Hoje eu ia escrever sobre tantas coisas fofinhas e maravilhosas, mas minha semana não me permitiu realizar essa tarefa. E sei que na sua cabeça agora a pergunta é “porque?”. Bom, se tivesse que escolher e apontar uma semana difícil, essa seria a eleita. Assim, como todo ser humano eu sou também vulnerável, sou boa e ruim, tenho defeitos mas também tenho qualidades, fico feliz e triste, contente e chateada, estressada e tranquila. Como todo e qualquer ser humano, eu possuo os altos e baixos na minha vida. Sei que quem lê os meus textos não tem essa visão de mim, mas sim tive alguns dias difíceis.



Mas como qualquer dia difícil carrega consigo aquela dificuldade em enxergar as coisas com mais clareza e tranquilidade, eu não fui muito diferente. Bom, eu digo isso hoje pessoal, porque entre mim e vocês não existe diferença nenhuma, somos todos seres humanos em processos de aprendizagens diferentes, mas com medos semelhantes, com duvidas as vezes se seremos capazes de realizar nossos sonhos, se temos realmente todo esse potencial criativo e se seremos merecedores de todos os presentes do Universo.

Mas falando em coisa boa..


Como um monitor cardíaco que monitora seus batimentos cardíacos, e em poucos segundos está no alto e no baixo, assim é a nossa vida, porque a partir do momento em que parar de funcionar e a linha fica reta, nós morremos. E com toda essa loucura que não cabe colocar aqui, que foi a minha semana, eu ainda sim compreendi que somos a dualidade, somente essa dualidade entre bom e ruim é que obtemos o equilíbrio. O que seria do bom, se não houvesse o ruim?



Para uma semana começar com o pé direito, o que você precisa?!


Com aquele desejo no coração de que amanhã vai ser melhor e tudo sempre dará certo, que tudo está  sempre certo. Namastê, com votos de uma semana melhor. 

domingo, 9 de novembro de 2014

É você que não sai da zona de conforto ou a zona de conforto não sai de você?

Em grandes proporções essa semana, o verbo que veio a meu encontro foi o MUDAR. Ganhei até um livro que o nome era MUDAR. E quando aparece em larga escala eu trago para o “papel”. O ser humano como um ser que desde muitos séculos, como confirmou Charles Darwin, tem uma grande e incrível capacidade de adaptar-se a diversas situações, assim como eu acredito que também tem uma capacidade incrível de mudar e criar ou recriar a vida que quer realmente viver, o que alguns chamam de Co-criação (criar a realidade em que se deseja viver). E entre essas linhas tênues, está o ser humano, mudar ou permanecer, ficar ou sair, ser ou não ser. Eu sempre tenho em mente metas que quero alcançar, listas e intermináveis cronogramas a seguir para produzir o que na minha cabeça eu preciso.


Na realidade a tal linha tênue entre o que somos hoje e o que queremos ser é um ciclo. O processo de mudança é um ciclo. E agora você até pode se perguntar “Ah! Thais mas como assim?” Imagine que hoje nos encontramos em nossa zona de conforto, aquele lugar quentinho, infinitamente bom, mas que em dias sim e dias não nós reclamamos de pertencer a esse lugar gostosinho. E quando nós almejamos a nossa mudança, sentimos um desconforto para coloca-la em prática, para o fazer “dar certo” é necessário lutar contra hábitos antigos.

Sim, a mudança gera um enorme desconforto, uma espécie de dorzinha por estar no meio do caminho entre o que éramos e que vamos vir a ser. Porém lembra-se daquela história do Darwin, da capacidade incrível de adaptação do ser humano, então graças a ela nós nos acostumamos ao que ganhamos e nem ao menos sequer lembramo-nos do tão gostosinho era antes, e o gostosinho passa a ser o agora. 


Era apenas uma questão de sair do lugar, abandonar hábitos e rotinas antigas para adaptar-se ao novo, que muitas vezes gera medo. Nossa vida é feita desses inúmeros ciclos, e o mais engraçado é que não percebemos o quanto somos escravos desses pequenos ciclos. Como por exemplo, aquela mudança reeducação alimentar que você tanto almeja,  aqueles “quilinhos” tão indesejados que você quer perder, aquele curso de artes ou de idiomas que tanto sonha, aquela prática de exercícios físicos que nunca acontece, aquele estilo de roupa que você sempre quis, aquela viagem que você planeja mas sempre deixa de escanteio, aquelas partes de você que gritam e imploram para que você as escutem, para que você possa ser cada dia melhor aproximando-se delas. 


Quais são as mudanças que você tanto almeja para a sua vida? Será que você já passou tempo demais naquele lugar “gostosinho”? Ou você ainda permanece na sua zona de conforto? É você que não sai da zona de conforto ou a zona de conforto não sai de você? Use rotas alternativas para ver se você vai encontrar novos caminhos, novas pessoas,  novos pensamentos, novas perspectivas. Com aquele carinho de sempre, e um sentimento de quem está saindo da zona de conforto, Namastê!

domingo, 2 de novembro de 2014

E SE.. ops.. EU SOU!

Hoje eu peço a você que leia, somente se tiver tempo, realmente quero que você reflita.

Bom.. o que eu vou compartilhar hoje é algo com o qual mudou a minha vida realmente da água para o vinho.

Então, quando comecei a cursar meu último ano do ensino médio, concomitantemente fiz curso pré-vestibular. Foi um ano bem difícil, estudava 12 a 15 horas por dia praticamente vivia para isso. Minha família ia sair para passear eu não ia, meus amigos me chamavam para sair eu também não ia, comecei a negar a fazer inúmeras coisas para realmente me dedicar ao meu objetivo, continuar estudando em uma instituição pública, porém no ensino superior.


Sim, era um grande sacrifício, mas eu sempre gostei de estudar e sabia que no final valeria a pena, seria maravilhoso, então me dediquei muito. Quando foi no final do ano, não passei no vestibular. Fiquei mal, chorei muito, mas logo passou porque eu não desistiria. Terminei o ensino médio e tinha mais tempo para me dedicar, como sempre fui bolsista no cursinho, me dediquei mais ainda para conseguir a bolsa novamente, e consegui. Então, comecei tudo de novo, aquela rotina massacrante de estudos, 12 a 15 horas, finais de semana, feriado, dia santo, aulas de reforço e blábláblá. Nessa jornada, sempre me sentia insegura quanto ao futuro, diria que um pouco mais do que os adolescentes que estão começando a vida profissional, um dos meus maiores medos era chegar de frente para aquela pergunta básica “E agora, o que vou fazer da vida, se por um acaso nada der certo?” sempre fugia desse pergunta, corria, gastava minha energia com um medo terrível de me deparar com essa pergunta. 


Foi então que, nada mais e nada menos, cedo ou tarde, eu encontrei com essa pergunta, não passei novamente no vestibular. Eu fazia a coisa certa, eu corria atrás do meu sonho, mas o motivo era errado. Além de buscar reconhecimento, me fazer de pessoa legal e mega inteligente, eu estudava para correr da pergunta.  Logo depois disso, fiquei triste, chorei muito. E para me ajudar, perdi a bolsa do cursinho no ano seguinte. Devido a toda essa bagunça, eu me cobrava de uma maneira surreal, me pressionava ao último, EU TENHO QUE FAZER, EU TENHO... EU TENHO...

Então decidi procurar um emprego, o que também era difícil, não possuía nenhuma formação, nada, nem para remediar a situação. Mas fui com a cara e a coragem. Consegui um emprego no cinema, e decidi continuar a minha jornada, porém agora seria carreira solo ,sozinha, estudar em casa e por conta própria. Como foi complicado, trabalhar de madrugada, estudar durante o dia, as matérias de exatas já era difícil com professor, imagina sem. Sempre tive facilidade com Humanas, e era uma tragédia para exatas. Bom, não consegui ficar no emprego, pagavam muito mal, eu não dormia, e em meio a tudo isso, chorando muito como sempre. Não aguentava mais sustentar toda essa mentira para a minha vida, e continuei fugindo da verdade, fugindo dos meus fracassos, meus amigos do cursinho se afastaram de mim, o motivo até hoje eu não sei, mas na minha cabeça, era vergonha de ficar perto de uma pessoa que fracassou em absolutamente tudo.

E assim, eu mesma me puxava cada vez mais para o buraco que eu cavava, e então, o que meus pais temiam e sofriam junto comigo aconteceu... a depressão. Sim, uma pessoa de 18 anos com depressão, a principio você pode achar que foi frescura, que eu ainda tinha uma vida toda pela frente (hoje eu também tenho certeza disso, na época não acreditava mesmo), mas quando é você quem vive toda a situação que aperta seu coração, é bem diferente, a menos que você realmente passe pela mesma situação, ai sim você compreende como é de fato. Então, eu chorava noite e dia, mas do que o “natural”, alguns amigos me ligavam e eu não queria atender, eu não suportava ficar nas redes sociais e ver a galera sendo aprovada no vestibular. Foi quando, minha mãe e um dos meus irmãos me obrigaram a fazer uma prova para fazer técnico(bolsa de estudo, novamente), eles fizeram a inscrição, e eu fui fazer a prova, com aquela cara de total desgosto, e por fim, passei em 3° lugar, técnico em Administração. E pensei comigo, “pior é ficar assim, vou fazer, fazer o que?”, me matriculei, e na semana seguinte, estava no técnico. Mas aquele desejo  doentio que eu tinha ainda falava dentro de mim. Porque ai eu pensava “não estudei tanto para nada ou nadei ,nadei, nadei para morrer na praia”.


Então, meu pai, me deu o maior presente que alguém poderia ganhar na vida, em setembro de 2012, fiz o Namastê (aquele comprimento que eu coloco sempre no final de cada texto, aqui do Anatomia da Thaís, ainda vou escrever um texto somente sobre isso), o Namastê, tirou todas as vendas, e mentiras que eu havia contado para mim, e o pior de tudo, acreditado que aquilo era verdade. Consegui entender, compreender e acolher meus fracassos, eles me ensinaram muito, mais muito, de que a vida não se resumia aquilo, que ser Psicóloga era meu objetivo final, que as pessoas que realmente gostavam de mim, iriam gostar pelo o que eu sou, e não pelo status ou títulos que eu possuía.

Conheça a verdade e ela vós libertará” – Texto bíblico. 


EU ME PERDOEI! Eu me perdoei pelo fundo do poço que cheguei, e comecei a enxergar caminhos, luz na minha jornada.  Porque afinal de contas, é libertador poder ser você mesmo sem ter medo, saber que sua vida esta certa, apesar de tudo te mostrar o contrário. E naquele momento, nasceu esse meu espirito de consciência, de compartilhar com as pessoas de que elas possuem o poder de mudar suas próprias vidas, independentemente do que seja a situação que vivem.

Certo mas, continuando..

Eu,amava o curso técnico, parecia que cada pessoa que existia naquele lugar, com histórias lindas de superação me ensinava que era possível mudar e conquistar meus sonhos. Essas pessoas me ajudaram a encontrar a verdadeira Thaís que morava em meio aquele tumulto de provas e sacrifícios e dificuldades, dificuldades e mais dificuldades. E ao mesmo tempo, eu estudava para aquele sonho doentio. Entretanto, prestei um concurso público para realizar um estágio na Prefeitura Municipal de São José dos Campos, e passei. Comecei a trabalhar em uma escola de Educação Infantil, que trouxe tanta alegria, divertimento e desenhos coloridos, pessoas que também são grandes exemplos a serem seguidos (o assunto do trabalho é para outro texto).


E então, fazendo técnico, e trabalhando, comecei a ver a vida funcionando, andando, fluindo,  a depressão foi embora, mas ainda sentia uma tristeza grande ao lembrar de tudo isso. Voltei do Namastê (aquele curso que fiz), decidida a tocar a vida com o fluxo sempre para frente e não deixar mais o fantasma chamado vestibular me assombrar. Mas um grande amigo e mestre, Sérgio Kiyoshi (idealizador do namastê), me disse “Acho que você tem que fazer o vestibular de novo” quando ouvi aquilo surtei, pensava comigo mesma “não é possível, depois de tanto sofrimento e lágrimas voltar e fazer de novo”. A principio neguei, mas como não tive sucesso, decidi então a fazer pela última vez, e depois colocaria um basta, o famoso “CHEGA”. Foi o trato que fiz comigo. “2014, de um jeito ou de outro, vou realizar meu sonho”. 


Terminei meu técnico, continuei trabalhando, prestei o vestibular. E não passei novamente, fiquei em listas de esperava, que nunca chegavam em mim, mas não chorei, me sentia com a minha missão comprida, fiz o que tinha me predisposta a fazer. Passei na PUC e na Mackenzie, porém como seria bolsista, não aceitaram minha documentação, e me trataram muito mal. Fiquei triste novamente, mas nada de desistir, como eu havia prometido para mim que iria realizar meu sonho em 2014, estava tranquila, e certa de que realizaria.

Quando estava no cursinho, ouvia sempre que faculdades particulares não prestavam , essa era a crença universal de todo pré-vestibulando, e eu inocente, agarrei essa verdade com unhas e dentes, o que me ajudou a sofrer mais e mais. Em São José dos Campos, a única universidade que possui o curso de Psicologia é a UNIP (Universidade Paulista), e desde que entrei para o cursinho dizia “Eu nunca vou estudar ali” acreditava que era o lugar mais horrível  que existia. 

Então, fiz o FIES (Financiamento estudantil), imagina aonde? Lógico, na UNIP. Haha

Foi a única universidade que me quis, me trataram muito bem, desde a portaria, faxineiros, monitores, secretários, até os professores. Sou extremamente feliz por estudar lá, todos os dias eu agradeço, e aproveito cada aula como se fosse à última, meus professores também possuem formações excelentes, meus amigos são extremamente loucos, mas me aceitam como eu sou, com ou sem fracassos. Entendi que viver é muito mais do que tudo isso que eu passei. 

Se eu apagasse o meu passado, apagaria também toda a sabedoria que eu tenho hoje. Eu me fiz inúmeras vezes de vitima da minha história, sendo que eu mesma havia criado. Hoje eu não consigo lembrar, de tamanha dor que eu sentia tudo isso foi preenchido por felicidade, quando eu entendi que independentemente de qualquer coisa, minha essência já era um sucesso. Eu já possuía tudo o que precisava ar nos pulmões, força nas pernas, comida na barriga, e uma família e alguns amigos que nunca me abandonaram em toda essa jornada, dentro de mim eu já possuía o que necessitava.  

Como diz Flávia Melissa “ A vida é 10% o que te acontece e 90% como você reage”.


E daquele momento em diante, eu acolhi tudo o que a vida me deu, como um presente, como se eu tivesse escolhido, não posso dizer que não possuo minhas questões, porque todos nós possuímos, mas a sabedoria que eu ganhei em saber lidar com elas, mudou toda a minha vida. Eu me permiti admirar a minha vida mesmo com todas as imperfeições dela, e mesmo assim eu acho ela linda. Porque se eu não a admirasse, viveria infeliz pelo resto dos meus dias. Parei de usar duas palavras que nunca devem ser usadas na mesma frase “E SE?”, as substitui pelas duas palavras com o maior poder criador do mundo, em qualquer idioma “EU SOU”.

Por fim, eu ouço hoje que cresci muito, eu concordo com isso, mas foi um crescimento espiritual, da Thaís com a Thaís, um amor próprio, incondicional e criador de todas as possibilidades da Thaís com a Thaís. Hoje em dia o sentimento é de gratidão pela vida, pelo respeito que ela teve comigo em me mostrar que a felicidade não é o destino, mas sim a viagem. Eu não sou mestre, e nem pretendo ser, não possuo muitas respostas, mas de vez em sempre eu mudo as minhas perguntas. Namastê, por que eu sou um SUCESSO TOTAL